Busca pela perfeição
Quando a empresa ainda estava em sua infância, um dos mantras do Facebook era “Done is better than perfect”. A frase, que fica ainda melhor em português (Feito é melhor que perfeito), indicava aos profissionais que fazer uma entrega em tempo hábil era mais importante que otimizar cada detalhe; que a busca pela perfeição poderia ser prejudicial.
Sábias palavras. De fato, atingir a perfeição é impossível, portanto procurá-la não é só desaconselhável, como pode ser danoso. Mas será isso mesmo? Essa atitude é louvável, mas nos últimos tempos chegou às últimas consequências.
A obsessão da Apple com os detalhes vai contra a filosofia de que o meramente aceitável é bom o bastante
Imagem: Divulgação
A busca pelo MVP (Produto Viável Mínimo, traduzindo a sigla em inglês), a versão mais simples possível, tem como objetivo gerar uma mercadoria rapidamente comercializável. E se o MVP tem problemas, suas futuras versões vão superá-los.
A doutrina, muito popular no Vale do Silício, de “falhar rápido” ou “fracasso produtivo”, segue a mesma lógica. Encontrar os defeitos rapidamente para resolver depois.
Tudo isso e muito mais acabou gerando uma mentalidade em que o regular, o mediano, é aceitável. E do mediano, rapidamente passamos ao medíocre.
Aí encontramos uma variedade de designs, livros, mensagens, aplicativos etc. que fazem o que se propunham a fazer, mas simplesmente não são bons o bastante.
Por isso, decidimos ir contra a maré e seguir o conselho do Alexandre Wollner (1928-2018), designer da marca do Itaú e das cédulas de Cruzeiro em circulação entre 1970 e 1986:
“A busca da perfeição é o caminho do design.”
Sabemos que nunca vamos atingir a perfeição, mas acreditamos que a busca por ela gera um trabalho de qualidade superior. Tomando muito cuidado para que essa atitude não seja “paralisante”, nós:
Seguimos as regras de design
Conhecemos profundamente as regas estéticas e de composição e como um design preciso contribui para o sucesso de uma concepção. Estamos atentos a cada pixel e cada gota de tinta.
Quebramos as regras quando é preciso
Para propostas mais ousadas, se possível (veja o Método MAPA), fazemos como Picasso. Ele sabia como pintar realisticamente. É por isso (e não apesar disso) que seu trabalho era tão bom, por menos convencional que fosse.
Para quebrar as regras é preciso conhecer as regras.
Progressão de desenhos de um touro, feita pro Picasso. Note como ele vai retirando elementos até atingir a form mais pura e simples
Foto: Vahe Martirosyan
Não seguimos fórmulas mágicas
É tentador chegar a certas conclusões e repetí-las para todo tipo de cliente. Não aqui. No Ausweis, cada caso é um caso e sabemos que projetos únicos precisam de soluções únicas.
Under-promise, over-deliver
Somos realistas e temperamos as expectativas. Porém, nosso perfeccionismo nos leva a exceder expectativas.
A perfeição é inalcançável. Viva a perfeição.
Se quiser saber mais, veja o nosso Portfolio, onde mostramos nossa busca.